quinta-feira, 28 de abril de 2011

A procura do Obstetra perfeito.

Como já disse em outro post, estou ansiosa pelo ínicio do pré-natal e também, claro, cheia de dúvidas.
Minha maior preocupação no momento é encontrar um obstetra que me passe confiança e com o qual meu santo bata,rs.
Pesquisando pela net encontrei no site da revista Crescer a matéria postada abaixo.


Eleger um dos personagens principais da sua gestação exige uma pesquisa cuidadosa. Veja o que é importante na hora de escolher
Eles somam mais de 30 mil no país. Só por isso, escolher um obstetra já é um trabalho árduo. Como é preciso levar em conta que a gravidez é uma das experiências mais importantes na vida do casal, que a saúde da mãe e do bebê dependerá dele e um erro pode deixar grandes traumas, a dificuldade da escolha aumenta ainda mais. Geralmente, quem procura um obstetra é a mulher que engravida pela primeira vez e não tem um ginecologista fixo. Caso tenha, pode ser que ele não atue como obstetra - ou não tenha a qualificação desejável. Há também pacientes que querem um novo médico porque o anterior não corresponde mais às suas necessidades. Seja qual for o motivo, o objetivo é encontrar o profissional que reúna o maior número de qualidades consideradas essenciais pela futura mãe - e isso requer uma boa pesquisa.
A verdade é que, excluindo-se os requisitos obrigatórios - ser formado em medicina com especialização em obstetrícia -, não há regras para saber quem é qualificado e quem não é. Também estão em jogo aspectos subjetivos. "Um médico que se preocupa com a vida pessoal da paciente pode ser ótimo para uns e intrometido para outros", exemplifica o obstetra Abner Lobão Neto, coordenador do Pré-natal Personalizado da Universidade Federal de São Paulo. O que conta é mesmo o conjunto de fatores.
Não se intimide Para discernir, primeiro é preciso não temer a condição de especialista dos médicos. É claro que eles têm muito conhecimento. Nem por isso devem deixar de responder a todas as perguntas ou ser questionados em suas decisões. "Trata-se de um serviço, e deve ser pesquisado como tal. Não se deve ter vergonha de pesquisar sobre o médico", alerta a enfermeira obstétrica Dóris Ammann Saad, do Grupo de Apoio à Maternidade e Paternidade (Gamp).
Em segundo lugar, é preciso ter clareza do que vocês desejam (desejam, no plural, porque é importante que o pai da criança também registre suas opiniões). Preferências sobre o tipo de parto, por exemplo, são fundamentais para orientar a escolha. Para ajudar sua pesquisa, CRESCER elaborou uma lista de itens que você deve analisar para tornar mais fácil a busca pelo melhor profissional. Confira quais são e boa escolha!
O plano de saúde cobre O primeiro desejo de uma grávida é ter um médico que atenda pelo seu plano de saúde. Você pode optar por um profissional na lista do convênio e verificar se ele é bom (veja o quadro Com o novo profissional). Mas o ideal, segundo o obstetra Jacob Arkader, secretário executivo da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), é ter alguma referência. "Pode ser a indicação de outro médico, como o dentista ou o dermatologista", sugere.
Marque quantas consultas forem necessárias até encontrar o médico que lhe agrade. Assim aconteceu com a psicóloga Esther Kalb, no sétimo mês de sua segunda gravidez, quando seu médico foi descredenciado pelo convênio. Marcou consulta com um outro que foi perfeito: simpático, consultório perto de casa, exames completos. "No fim da consulta, ele acendeu um cigarro. Nem me perguntou se estava tudo bem. Depois insinuou que se eu pagasse por fora iria ter um parto melhor. Nunca mais voltei lá", lembra.
O plano de saúde não cobre Se você não tem um convênio ou prefere usar o reembolso para ampliar as opções, vale o critério da indicação. Mas outro quesito passa a ser importante: o preço. E o mercado dita as regras. Quanto mais o médico oferece - sofisticação da aparelhagem, número de funcionárias, boa formação -, mais caro custa. O que não garante a qualidade. Negocie: divida o pagamento, peça um prazo maior para saldar a dívida, faça pacotes.
Homem ou mulher Há grávidas que querem ser tratadas por mulheres porque acham que elas as entenderão melhor, ou porque os maridos pedem isso. Outras pacientes acreditam que os homens, por não conhecerem as dores femininas, serão mais respeitosos. O que vale é se sentir bem. "Sempre achei as mulheres mais sensíveis. Quando engravidei, escolhi uma obstetra, mas observei que ela era muito bruta e masculinizada. Mudei para outra, mais delicada. Nas complicações que tive no parto, ela ficou ao meu lado. Foi como se eu estivesse com a minha mãe", conta a advogada Fernanda Fenerich.
O tipo de pré-natal e de parto Logo na primeira consulta, diga tudo o que deseja em seu pré-natal e no parto. Se conversarem sobre isso depois, você corre o risco de mudar seus desejos só por conta do vínculo afetivo que já estabeleceu com o médico, e isso não é bom. O obstetra também terá oportunidade de dizer como faz seu trabalho. As expectativas têm de casar. E a experiência do médico também. Não adianta querer um parto em casa com um profissional que nunca fez isso.
Já a cesárea é considerada uma cirurgia de médio porte, que envolve riscos e só deve ser feita em casos necessários. Um obstetra realmente qualificado alertará você sobre isso, pois sabe dos perigos envolvidos. Mas fique atenta. "Muitos médicos dizem que fazem parto normal, mas inventam algum motivo para a cesárea depois. Você pode investigar um pouco na própria sala de espera do consultório, conversando com a secretária e com outras pacientes para ter uma idéia da quantidade de cesáreas que ele faz", diz Ana Cristina Duarte, que atua como doula, uma acompanhante da grávida no parto.
Equívocos quanto ao real perfil do médico podem deixar mágoas, como as da atriz e modelo Gisela Marques. Grávida, ela continuou com o seu ginecologista de dez anos. Durante o pré-natal, combinaram todos os procedimentos de um parto normal. Na maternidade, qual não foi sua surpresa ao ver que, depois de falar pelo telefone com o obstetra, a enfermeira começou a prepará-la para uma cesárea. O médico chegou quatro horas depois, disse que a criança corria risco e, sem nenhum exame, fez a cesárea. "Até hoje, cinco meses depois, sinto muita mágoa. Passei todo o parto estressada, sentindo-me traída pelo médico e refém dele, que me chantageou com a vida da minha filha. Fui enganada", conta.
O santo bateu Se não houver empatia entre a mulher e o médico, tudo cai por terra. Às vezes você não gosta do bigode dele ou da atmosfera do consultório. Tudo é válido e deve ser levado em conta. A regra é simples: você tem de gostar dele. E confiar também. Em caso de emergência, o casal não terá cabeça nem tempo para ficar questionando as decisões do obstetra.
Boletim acadêmico Converse sobre a formação e a carreira do médico, com ele mesmo e também com a secretária e outras gestantes. Ser ligado a alguma faculdade, por exemplo, indica que o médico se atualiza constantemente. Pesquisar seu nome na Internet pode mostrar também se ele participa de congressos, dá aulas ou palestras. É claro que existem ótimos médicos que se atualizam por outros meios, mas essa é uma ferramenta a mais de pesquisa.
Divã obstétrico O bom médico sabe também ouvir sua paciente. Ele vai diagnosticar considerando o contexto e não apenas um sintoma. "Por isso, uma boa consulta tem de durar no mínimo 40 minutos. E a primeira demora muito mais, pois os dois estão se conhecendo ou, no caso de paciente antiga, modificando a relação", diz o obstetra Abner. O profissional tem de estar disposto a responder a todas as dúvidas e explicá-las em linguagem clara. Deve, ainda, estar acessível 24 horas por dia, pelo bip, celular ou telefone de casa, e retornar as ligações o mais rapidamente possível.
Mil e um aparelhos O equipamento básico de um obstetra, além dos instrumentos normais de um ginecologista, é o sonar, que capta os batimentos cardíacos do bebê. Dispor de ultra-som não acrescenta muito. "Um bom obstetra sabe como está a mulher ouvindo seus sintomas, medindo o abdômen, apalpando o útero, verificando peso e sinais no corpo, e ouvindo os batimentos do feto", explica Ana Cristina. "O aparelho só serve para confirmar diagnósticos e verificar a posição do feto", concorda o obstetra Abner. "Mas as mulheres gostam de ver o bebê nas consultas", brinca. Mas atenção: exames de ultra-som, como o morfológico feito na 20a semana, devem ser feitos por outro profissional. "O vínculo entre obstetra e paciente pode interferir na interpretação", diz Abner.
Atendimento na maternidade Cada obstetra tem os hospitais em que prefere trabalhar. Se você gosta da maternidade que está na lista dele, ótimo, pois o médico já conhece a estrutura e os profissionais do hospital e terá seu trabalho facilitado. Caso contrário, aponte suas preferências para chegarem a um denominador comum.
O companheiro aprova O principal é a mulher se sentir à vontade e cuidada, mas o companheiro também deve participar da escolha. Além de tirar as próprias dúvidas - o que deixará a relação do casal muito mais tranqüila -, ele também ajudará a checar a qualidade do profissional.
Segunda opinião? Tudo bem A gestação é um período delicado, que pode envolver riscos. Por isso, nunca é demais, em casos de dúvida, ouvir uma segunda opinião. Você tem o direito de consultar outros médicos, caso se sinta insegura ou não entenda o que está sendo feito. Um bom médico, além de ter maturidade para aceitar isso, também pede opiniões a outros colegas.

É permitido trocar de médico?
Sim. E em qualquer período da gravidez, mesmo que seja um dia antes do parto, se você ficar insatisfeita com a forma como está sendo atendida. Isso pode gerar insegurança e dar mais trabalho, mas insistir em uma relação que não a satisfaz é bem pior. Por isso, é sempre bom, mesmo depois de escolhido um obstetra, ter outro nome guardado no bolso. "Os desejos mudam, o médico pode não corresponder ao que você esperava, não dar segurança suficiente, ou o custo ficar mais alto do que o planejado", diz o obstetra Abner.




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