terça-feira, 15 de março de 2011

O jogo do contente







Você abre um olho,e sem acreditar abre o outro, bate a mão no relógio da cabeceira, desliga o alarme,esfrega os olhos sem acreditar...
Está atrasada pro trabalho!
O horário mudou.Ninguém te avisou.
Corre pro banheiro.
Toma banho, mal se enxuga, veste uma blusa,uma saia, puxa fio da meia calça.
Vai pra cozinha, mete o dedão do pé na porta, dor.  
Faz um café as pressas, fica amargo, engole assim mesmo, abocanha uma torrada, volta pro quarto. 
Procura desesperada a pasta de trabalho, vai ao banheiro escova os dentes, não dá tempo de passar o fio dental.
Escova o cabelo,percebe que deixou cair creme dental na blusa, procura outra limpa, não tem.  
 Umedece um pano passa na blusa tentando tirar a mancha, que não sai. 
Pega a pasta do trabalho, a bolsa, e já na porta procura as chaves.
"-Onde estão as chaves???"
 Volta pra dentro, revira a cozinha, revira a sala, o quarto, o banheiro, a chave está na bolsa.  
Pega as chaves,entra no carro e percebe que esqueceu de calçar os sapatos.
Volta  novamente pra casa,calça os sapatos,volta pro carro, liga o carro, não funciona.
Sai do carro abre o capô olha,olha... e não entende nada.
Deixa o carro na garagem corre pro ponto de ônibus e quando está no meio da quadra o ônibus passa e te deixa pra trás...
Pega um taxi, encontra um congestionamento gigante,pula do taxi.
Segue a pé, caminhando o mais rápido que pode, enrosca o salto na calçada, torce o pé.
Mancando chega ao trabalho, o elevador está saindo.
-Segura o elevador!
O elevador sobe.
Sem você.
Dá meia volta,sobe as escadas,tromba em alguém, espalha todas as folhas da pasta.
Recolhe as folhas, se desculpa, agradece a ajuda e sai correndo rumo ao escritório e pensa
-Hoje não é meu dia!!!


Nesses dias em que tudo parece dar errado que tal acrescentar umas gotas de otimismo afinal...

"Em tudo há sempre alguma coisa capaz de deixar a gente alegre; a questão é descobri-la." 

Talvez você tenha reconhecido a frase acima, senão, ela faz parte do romance Pollyana de Eleanor H. Porter, publicado em 1913 e considerado um clássico da literatura infato-juvenil .
O livro conta a história de uma menina pobre que no natal espera ganhar uma linda boneca, mas infelizmente no embrulho que o pai lhe entrega só há um par de muletas.O pai então lhe ensina o Jogo do contente.


 Esse jogo consiste em encontrar algo para se estar contente, em qualquer situação por que passemos.No caso das muletas, Pollyana se descobre feliz  porque isso a faz tomar consciência de que não precisa delas. A partir dai a menina se torna uma otimista incorrigível procurando sempre o lado positivo das coisas. 
Claro que não deve ser fácil, afinal as vezes o corre corre do dia a dia nos tiram extremamente do sério e até a própria Pollyana num certo momento no livro se julga incapaz de se sentir contente.
Se você anda se sentindo assim meio jururu com a vida e ficou curioso quanto ao final da história não deixe de ler o livro, quem sabe depois de lê-lo você não saia por ai procurando nas piores situações um motivo pra sorrir?

Um comentário:

  1. óia!!! Jogo do contente! Gostei, vou comprar o livro pra ver o final (odeio vc, custa contar o fim do livro????)

    Bjok

    ResponderExcluir